resumão século xix

Síntese século XIX

Alexandre Lobo

EUA:

Corrida para o Leste - Do Atlântico ao Pacífico:

A Doutrina Monroe (1823) lançada pelo presidente James Monroe era expressa na frase “A América para os Americanos”. Mensagem explícita – nenhuma nação europeia poderia tentar recolonizar suas colônias sem que os EUA intercedessem para garantir a independência do Continente Americano. Já a mensagem implícita, aquela que foi posta em prática, significava a América para os norte-americanos, que se concretizou nas diversas interferências estadunidenses na política latino-americana, principalmente na América Central.

A partir de 1803 os EUA iniciam sua expansão rumo ao Pacífico com a compra da Luisiana dos franceses. Em 1819, a Flórida foi comprada da Espanha e em 1848, aproveitando-se Guerra da Independência do Texas em relação ao Texas, os EUA apoiam o Texas para em seguida, incorporá-lo em seus domínios, além de outros territórios mexicanos. Em 1867 foi a vez do Alaska, russo, ser vendido.

Guerra da Secessão (1861-1865) A questão da guerra da secessão está ligada ao fato do norte dos EUA na época ser industrializado e querer promover a abolição da escravidão – escravo não consome. Os estados do sul se reúnem, formando os Estados Confederados da América. A superioridade bélica dos nortistas, conhecidos como ianques, garante a vitória. Abraham Lincon, líder dos ianques e então presidente, foi assassinado por um sulista em meio a uma peça de teatro. A vitória nortista garantiu o desenvolvimento da indústria dos EUA.

A Unificação Italiana e Alemã:

A Alemanha: Quando a Alemanha não quis aderir ao Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte a dividiu em 39 Estados. Estes estados ficaram divididos entre a influência austríaca e Prussiana. Oto Von Bismarck, chanceler prussiano do Kaiser Guilherme I foi responsável pela unificação alemã dando origem ao II Reich. Os junkers, latifundiários que se aliaram a alta burguesia prussiana apoiaram Bismarck nas guerras de unificação. Primeiramente, a Prússia se aliou a Áustria para derrotar a Dinamarca em 1864 e logo em seguida combateu a própria Áustria para unificar a Alemanha.

A Itália: Desde o fim do Império Romano até o século XIX a Península Itálica não teve um reino unificado. Houve até mesmo Estados Pontífices, comandados pelo Papa. Em meados do século XIX, monarquistas e republicanos desejavam a unificação, mas foram os primeiros, com o apoio da França de Napoleão III, liderados por Guiseppe Garibaldi e Guiseppe Mazzini que o conseguiram. Entretanto, os republicanos lutaram por fim em nome do rei Vítor Emanuel, da industrializada Piemonte.

A unificação, tanto da Itália quanto da Alemanha permitiram a estes a consolidação do desenvolvimento industrial.

A América Latina.

Aproveitando-se da fragilidade do domínio espanhol durante a ocupação napoleônica, as regiões do continente americano forma pouco a pouco se tornando independentes. Com exceção do México e do Haiti, esta independência ocorreu pela elite local, os criollos, brancos que eram em maioria grandes proprietários rurais. Destes criollos destacam-se Simón Bolívar, venezuelano republicano, responsável pela independência do centro da América Latina, e o monarquista San Martin, que proclamou a independência da Argentina. Martin e Bolívar se encontraram em 1822, sendo que o primeiro abandonou a sua vida pública em favor do segundo. Bolívar tencionava construir uma América Latina unificada, mas por influência dos EUA e Inglaterra, que apoiaram as disputas locais entre os criollos, isso não ocorreu, garantindo assim o domínio estadunidense mais efetivo no continente.

França:

Logo a pós a queda de Napoleão Bonaparte, a França vive um perídio conhecido como Restauração (1815 a 1830). Neste período, o trono foi entregue a Luís XVIII, tio do rei guilhotinado. Sob o voto censitário este rei governou com o Legislativo. Seu sucessor, Carlos X, tentou restaurar o absolutismo mas foi derrotado na Revolução de 1830 e cedeu o lugar a Luís Filipe (1830-1848), conhecido como o rei burguês por governar com o apoio dos burgueses. A população descontente com o censitarismo, novamente foi as ruas e instaurou a Segunda República, estabelecendo o fim da pena de morte e do voto censitário. Foi eleito presidente Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão, que, por meio de um plebiscito, estabeleceu uma ditadura e se proclamou Napoleão III. Para construir o domínio francês na Europa, com o apoio inédito da Inglaterra aos franceses, derrotou a Rússia na Guerra da Criméia pela influência nos Bálcãs, apoiou a unificação italiana, mas foi derrotado por Bismarck ao tentar impedir a unificação alemã, pois temia a força de influência que a Alemanha poderia exercer sobre a Europa. A queda de Napoleão III deu origem a Terceira Pública francesa que cairia sob domínio alemão em 1940.

Precedentes da Primeira Guerra Mundial:

Disputas entre a Rússia e a Alemanha pelo domínio da região dos Bálcãs. Para a Rússia, era uma questão de acesso ao Mar Mediterrâneo, e para a Alemanha, era uma questão de construir uma estrada de ferro que ligaria Berlim Bagdá. Para as outras nações, era necessário impedir a construção de tal ferrovia, pois se tal ocorresse, a Alemanha teria o monopólio do petróleo.

Guerra Franco Prussiana (1870-1871) pelo domínio do Marrocos – A Inglaterra intercede a favor da França e a Alemanha fica com a Etiópia.

1873 : Formação da Liga dos Três Imperadores – Alemanha, Áustria e Rússia.

1882: Tríplice Aliança proposta pelo II Reich – Alemanha, Itália e Áustria.

1904: Entente Cordiale – França e Inglaterra – transformada em Tríplice Entente com a entrada da Rússia.