brasil colonia - características gerais

HISTÓRIA

PROF. ALEXANDRE LOBO

BRASIL COLONIAL (Características Gerais)

No período conhecido como Brasil Colonial, nosso país pertencia a um outro país chamado Portugal. Naqueles tempos, Portugal era governado por Reis ou Rainhas. Reis e Rainhas fazem parte de uma forma de governo chamada Monarquia ou Império. O rei, rainha ou o Imperador, não são eleitos pelo povo, mas assumem seus cargos por herança. Herança é algo que os pais, quando morrem, deixam aos filhos.

No Brasil de hoje, o Governante é o Presidente eleito por meio do voto em eleições diretas. A forma de governo que tem um presidente no governo é a república. Ao contrário do rei, o presidente tem seu cargo por tempo determinado, em torno de 4 anos de mandato. Já o rei é rei por toda a sua vida.

Mas, voltando ao Brasil colonial, o que caracterizara a relação Brasil - Portugal era o monopólio que Portugal tinha sobre os produtos brasileiros. Monopólio significa exclusivismo comercial. Só comerciantes portugueses tinham direitos de comprar e vender para outros países as riquezas brasileiras. Assim, por exemplo, o açúcar produzido no Brasil, para chegar na Espanha ou Itália, por exemplo, teria que passar, antes, pelos portugueses. Por outro lado, os produtores brasileiros de açúcar só poderiam vender para os portugueses.

A principal mão de obra do período colonial foi a mão de obra escrava. Eram os escravos vindos da África nos navios negreiros ou seus descendentes quem trabalhavam para produzir riquezas, produzindo açúcar, criando gado, extraindo ouro e outras atividades. O escravo é um ser que pertence a outro, é um ser que não é dono de seu próprio corpo e trabalha forçado, sem receber nada em troca além de um pouco de comida e roupas. O escravo brasileiro morava em barracos chamados de senzala, vestiam roupas de algodão grosso e não usavam calçados. A maior parte deles não passavam dos trinta anos, vítimas de doenças e esgotamento físico.

Adotou-se a mão de obra escrava porquê era a forma mais barata de produzir açúcar, uma vez que o escravo não recebe salário. Além disso, se o produtor de açúcar não comprasse escravos, corria o risco de ter sua produção encalhada.

Nas propriedades de produção de açúcar, quem mandava era o senhor de engenho que morava na casa grande e possuía grandes extensões de terra conhecidos como latifúndio. O poder dele era tão grande que ele poderia até mesmo matar sua esposa se suspeitasse que ela o estava traindo. Para o senhor de engenho, que era minoria, o que importava era suas terras e ele não queria saber de trabalhar. Trabalho manual (com uso das mãos) era mau visto nesses tempos, pois lembrava trabalho de escravo.

Outra importante característica do Brasil Colonial foi a monocultura. Mono (um) cultura (cultivo) significa produzir um só produto. Para o açúcar dar lucro aos seus produtores, era necessário que fosse produzido em grande quantidade, assim, em muitas fazendas só se produzia cana-de-açúcar.

A principal produção de riquezas no Brasil colonial tinha como destino o mercado externo. Mercado externo é toda a atividade comercial realizada fora do país. Assim, açúcar e ouro extraídos eram vendidos fora do Brasil pelos portugueses. Outros produtos eram destinados ao consumo local, como a carne do gado e milho. O mercado para consumo local é chamado de mercado interno. Mas, sendo o Brasil uma colônia de Portugal, o que importava era o mercado externo, pois só este poderia dar lucro aos portugueses.

Como colônia de Portugal, o Brasil deveria dar lucro aos portugueses, principalmente aos reis, seus auxiliares e seus amigos (comerciantes portugueses). Foi assim a história do Brasil, sendo explorado pelos governantes portugueses e explorando índios e negros.