mineração

Mineração

webhumanas.net

Prof. Me.Alexandre Lobo

Perto do final do século XVII os bandeirantes acharam ouro no atual estado de Minas Gerais. No início do século seguinte, achou-se diamantes.

Para melhor controlar a mineração a Coroa cria setores administrativos chamados Intendência das minas com o objetivo de fiscalizar e cobrar impostos.

Os lotes de exploração, conhecidos como datas, eram distribuídos em maior tamanho para quem tivesse o maior número de escravos. Assim, só quem tinha maior número de escravos conseguia achar ouro o suficiente para comprar mais escravos e achar mais ouro.

A vida em trabalho de um escravo nas minas era de, em média, cinco anos devido ao trabalho pesado e insalubre (risco de saúde).

Enquanto o diamante passou a ser monopólio de exploração da Coroa, em l771, o ouro foi controlado por impostos cada vez mais rigorosos.

O principal imposto sobre o ouro foi o quinto. A quinta parte do ouro extraído era da Coroa. Com a criação das Casas de Fundição, todo o ouro deveria ser transformado em barra como o objetivo de auxiliar na cobrança de impostos. Em 1750, a Coroa cria um imposto fixo, a capitania deveria fornecer 1500 quilos de ouro anuais. Mas como o ouro é somente extraído, a produção diminuiu.

Em 1765 a Coroa cria a derrama, que era uma forma violenta de corar impostos, com invasões de casa e prisões.

Para a Coroa, os impostos eram necessários porque Portugal estava endividado com a Inglaterra. Foi pelo Tratado de Methuen, mais conhecido como Tratado de Panos e vinhos que se estabeleceu que os portugueses deveriam comprar produtos manufaturados, como tecidos, dos ingleses. Em troca, os ingleses deveriam comprar vinho dos portugueses. Como os portugueses precisavam mais de produtos manufaturados que os ingleses de vinho, Portugal acabou endividado. Assim, o ouro brasileiro acabava na Inglaterra.

Com a mineração, algumas atividades econômicas desenvolveram-se. Para suprir as necessidades dos mineiros, em volta das minas surgiram cidades com pontos comerciais e cedes administrativas. Fazendas passaram a produzir alimentos para as regiões das minas. A criação de gado também expande-se, principalmente para o sul. No sul, também os tropeiros criam mula para o transporte. A mula substitui o índio que já não teria resistência para transporte de cargas a longa distância.

Escravos que compravam a alforria (liberdade) com um pouco de ouro que conseguiam juntar para si, ou ganhavam a liberdade de seus senhores empobrecidos, o que era mais comum, passaram a exercer atividades diversas como alfaiates ou sapateiros.

A região das minas se diversifica socialmente, não mais com somente os extremos, senhores e escravos, mas com muitos homens livres. Entretanto, o ouro, que poderia enriquecer a muitos, não enriqueceu. Com poucos escravos, impostos e preços altos, muitos mineiros empobreceram.

Mas, mesmo com o fim da mineração, pelo fim do século XVIII, as regiões que comercializavam com as minas permaneceram com suas atividades comerciais. Nestas regiões, houve um processo de urbanização (surgimento de cidades), diversificação da produção voltada para o comércio com outras regiões da colônia, e uma maior população de pessoas livres que não estavam ligadas aos engenhos ou fazendas.